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8 horas ago
Imagens mostram momento em que homem deixa chácara onde corpos de casal de empresários foram encontrados, em São Pedro | Piracicaba e Região
A Polícia Civil recuperou registros de câmeras de segurança do trajeto feito pelo casal entre Araraquara (SP), onde moravam, e São Pedro. Polícia divulga detalhes sobre morte de casal em chácara de São Pedro
Imagens divulgadas neste domingo (22), pelo Fantástico, programa da TV Globo, mostraram o momento em que um homem deixou o sítio em São Pedro (SP) onde foram encontrados os corpos de José Eduardo Ometto Pavani, de 69 anos, e Rosana Ferrari, de 61 anos – mortos em abril deste ano (saiba mais abaixo).
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A Polícia Civil recuperou boa parte de imagens de câmeras de segurança do casal entre o trajeto de Araraquara (SP), cidade em que moravam, e São Pedro.
A família de José Eduardo disse que ele era cauteloso no volante e que estranhou a velocidade com que o carro passou pela chácara. Nas imagens, um homem é visto ao fundo abandonando o local a pé e correndo. Confira acima 👆
Carro do casal de empresários na estrada
Polícia Civil
O caso
A Polícia Militar (PM) encontrou os corpos do casal dentro de um veículo estacionado na própria chácara, na serra de São Pedro, em 6 de abril deste ano.
Casal é encontrado morto dentro de veículo em chácara na Serra de São Pedro
Polícia Militar de Piracicaba/ Reprodução
Principais suspeitos
De acordo com a investigação da Polícia Civil, os executores agiram a mando de advogados Fernanda e Hércules Barroso, que prestavam serviços ao casal desde 2013 e que teriam interesse no patrimônio das vítimas, estimado em R$ 12 milhões.
Já os executores são, segundo a polícia, Carlos César Lopes de Oliveira, motorista particular e ex-candidato a vereador em São Carlos, e Ednaldo José Vieira.
O casal de advogados Hércules Praça Barroso e Fernanda Morales Teixeira Barroso preso em São Carlos suspeitos de envolvimento na morte de casal de Araraquara
Reprodução/Redes Sociais
As vítimas
José Eduardo era engenheiro e empresário de uma das famílias mais tradicionais do setor sucroalcooleiro do interior de São Paulo. Rosana era pedagoga e diretora de uma escola infantil. Eles eram casados há 24 anos e não tinham filhos.
Casal de Araraquara, José Eduardo Ometto Pavan e Rosana Ferrari foram mortos a tiros em São Pedro
Divulgação
Últimos passos do casal
Segundo a polícia, o casal saiu de Araraquara em direção a São Pedro no dia do crime. Câmeras de segurança registraram o veículo passando por um posto de combustível e um pedágio na estrada.
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Uma testemunha foi a última a ver o casal com vida, na Estância Morro Verde, propriedade das vítimas, que fica próxima ao local onde os corpos foram encontrados. Ela relatou que os dois estavam acompanhados de outra pessoa e pareciam ter uma conversa de negociação envolvendo a venda ou locação do terreno.
Como os suspeitos foram identificados
Todas as pessoas que passaram pelo local foram identificadas a partir de dados de telefonia e cruzamento de informações, informou a Polícia Civil. Dessa forma, eles chegaram em Carlos César Lopes de Oliveira e Ednaldo José Vieira.
Segundo a polícia, Carlos César era segurança dos advogados Fernanda e Hércules Barroso. A investigação cibernética constatou que os suspeitos da execução estavam com os advogados dias antes da data do crime naquele local.
Torre de telefonia
TV TEM/Reprodução
Disputa judicial e motivação
Segundo a investigação, a relação do casal de empresários com os advogados começou em 2013 quando José Eduardo comprou 16 flats em São Carlos (SP). No entanto, o empreendimento não teve sucesso. José Eduardo ficou responsável pela execução do projeto, mas também não teve êxito. Como resultado, os credores que haviam adquirido unidades no local ingressaram com ações judiciais contra o casal.
Para proteger o próprio patrimônio, José tentou transferi-lo para uma nova empresa e a Justiça entendeu como fraude. Posteriormente, os bens foram repassados à advogada Fernanda Barroso, sob o pretexto de pagamento de honorários e por meio de uma holding. A operação chamou atenção da polícia pelo valor R$ 12 milhões, considerado elevado pela delegada Juliana Ricci, uma das responsáveis pelo caso.
A polícia acredita que os advogados encomendaram os assassinatos para garantir a posse definitiva dos bens das vítimas.
Prisões e defesa
Os quatro suspeitos foram presos na terça-feira passada (17). Na residência dos advogados, a polícia apreendeu três armas de fogo. Em nota, a defesa dos advogados afirmou que o caso ainda está sob investigação e que não há provas concretas da participação dos clientes no crime. Também foi informado que já foi protocolado um pedido para que ambos respondam ao processo em liberdade.
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