Acre
5 horas ago
Justiça decreta prisão de suspeito de atropelar e matar servidora do TJ no Acre
Juliana Chaar foi atropelada por uma caminhonete durante briga generalizada em frente ao bar Dibuteco. Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, deve se apresentar nesta segunda-feira (23). Diego Luiz Gois Passo é considerado suspeito de atropelar a servidora Juliana Chaar
Reprodução
A Justiça do Acre decretou o pedido de prisão de Diego Luiz Gois Passo, de 27 anos, apontado como principal suspeito de atropelar e matar a assessora jurídica do Tribunal de Justiça do Acre (TJ-AC), Juliana Chaar Marçal, de 36 anos, durante uma confusão na casa noturna Dibuteco, em Rio Branco.
O crime ocorreu na madrugada do último sábado (21), na Rua São Sebastião, bairro Isaura Parente. O g1 não conseguiu localizar a defesa do suspeito.
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O pedido de prisão, solicitado pela Polícia Civil, foi encaminhado à Justiça após a análise das imagens que mostram o momento em que Juliana é atropelada por uma caminhonete preta durante o tumulto na saída da boate. Segundo a polícia, o homem ao volante seria Diego, que teria deixado o local logo após o ocorrido.
“Nós conseguimos identificar o autor no dia de ontem [22], durante todo o dia realizamos diligências na cidade, na zona rural, nós já temos a identificação, já tem providências adotadas em relação à conduta dele, conversamos com familiares, tivemos também o contato com o advogado, estamos aguardando na data de hoje ainda a apresentação dele. Caso não apresente, já é considerado um foragido. Estamos ainda com a equipe em campo na rua, realizando diligências para localizá-lo”, falou o delegado Cristiano Bastos, da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).
A investigação aponta que uma discussão envolvendo várias pessoas antecedeu o atropelamento. Juliana foi atingida violentamente pelo carro, caiu ao chão e não resistiu aos ferimentos, morrendo horas depois no Pronto-Socorro. (Veja o vídeo abaixo)
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O advogado da família de Juliana, Vandré Prado, disse que as provas periciais e as imagens estão sendo juntadas ao inquérito e espera que haja uma resposta efetiva à família da vítima.
“Então esperamos o desfecho dessa investigação para que possamos realmente chegar à clareza que a família espera, que a sociedade espera, porque a morte da Juliana não é um impacto só para a família, ela é um impacto para toda a sociedade. Esperamos realmente que tudo seja muito bem esclarecido para que tenhamos pelo menos essa clareza de responsabilizar quem deve ser responsabilizado”, falou.
Juliana Chaar chegou a ser socorrida e levada ao hospital, mas não resistiu e morreu horas depois no sábado (21), em Rio Branco
Reprodução
Juliana era servidora do TJ-AC desde fevereiro deste ano. O caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais, com pedidos de justiça e homenagens à vítima.
“Além de ser minha amiga, nos últimos três anos ela conviveu comigo diariamente porque ela era minha chefe de gabinete na OAB. Então era uma pessoa que de fato estava ali para o que desse e viesse, a qualquer tempo, a qualquer hora. É uma pedra inestimável. Eu até escrevi que talvez fosse o dia mais triste da minha vida, e eu tenho absoluta convicção que foi até hoje o dia mais triste da minha vida […] torço para que seja feita justiça e qualquer tipo de culpado pague pelas consequências de seus atos”, lamentou Rodrigo Aiache, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil – Seccional Acre.
Rodrigo Aiache, presidente da OAB-AC, lamenta morte de Juliana Chaar em Rio Branco no último sábado (21)
Reprodução/Instagram
O caso
Juliana Chaar Marçal foi atropelada na madrugada do último sábado (21). A polícia foi acionada, inicialmente, em razão de disparos feitos em via pública que teriam sido feitos pelo advogado Keldheky, preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo e liberado neste domingo (22).
Ao g1, a defesa dele disse que ‘não há fotos, vídeos ou relatos (exceto o de um dos investigados), de que Keldheky tenha efetuado tiros’. Veja mais detalhes nesta reportagem.
A vítima foi atendida pela ambulância 01 de suporte avançado do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu). De acordo com testemunhas à polícia, o atropelamento foi proposital. Horas após ter sido levada ao Pronto-Socorro de Rio Branco, a vítima não resistiu aos ferimentos e morreu. Imagens do inquérito (veja abaixo) mostram o momento da confusão fora do estabelecimento.
*Colaborou o repórter Lucas Thadeu, da Rede Amazônica Acre.
Imagens mostram momento em que confusão iniciou, já fora do estabelecimento
Reprodução/Cedida ao g1
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